Wednesday, May 31, 2006

Cena 3: O primogênito.. o Gênio


Peter Hilton Olsen
Hilton por parte de mãe, Olsen por parte de pai e escolha de vida. Peter, Pet como é chamado carinhosamente pela família, nasceu em 15 de janeiro de 1976. Pouco tempo depois da união aterradora entre Susan e Samuel. Um varão. Grande acontecimento para o jovem e trapaceiro Samuel que esperava levar o filho para jogos de baseball. E o fez, durante algum tempo, antes que a contravenção tomasse por demais o tempo de ocupação daquele pai. Peter sempre teve um raciocínio rápido o que por diversas vezes chamava a atenção do velho Olsen que sempre dizia. "Sue!!! Precisamos mandar esse menino para um show de talentos! Vamos ficar ricos!!!" Talvez se Sue tivesse topado, estivesse casada até hoje com Sammy e muita coisa tivesse sido diferente. Mas não eram esses os fios que o destino queria tecer. E o mais velho Olsen cresceu no Brooklyn em meio aos amigos que ele conseguia trapacear fácil fácil com os truques que o pai ensinava, tirava o dinheiro do lanche dos garotos no colégio, com jogos de azar. E Peter crescia, sentia a ausência do pai aumentando mas sua mente estava por demais tomada com fórmulas, com inventos e experimentos e além do que já não era o único em atenção, Havia o pequeno Lich... como o garotinho que andava atrás dele para cima e para baixo dizia. Talvez desde a infância a amizade entre os dois irmãos tenha se afunilado. O nascimento da caçula tomava a atenção do velho Olsen de vez para ela e os garotos ganhavam as ruas, e ele sempre fora o mais zeloso com os irmãos. Talvez devido a ausência do pai, tendo ele a assumir o papel de mantenedor da família. Peter descobriu o mundo dos eletrônicos, descobriu que era fácil manipular circuitos, descobrir e decodificar senhas... Invasão de sistemas e clonagem de cartões de crédito. O mundo das ruas abria as portas para Peter e por ser o filho mais velho de Sammy tinha algumas regalias e até mesmo fama. A idade avançando Peter entrou para o Brooklyn College e cursou Computer and Information Science, o que ajudou em muito a entender o funcionamento dos micros computadores e abrir o universo Harker para ele. Não foi dificil adentrar no mundo das fraudes bancárias. Nem pequenos golpes a banco 24 horas. Mas a diversão para Mix, como ficava conhecido no submundo para serviços prestados era: Invasão de Sistemas de Segurança. Criptografia... Na universidade aprendeu as magias da computação gráfica e o mundo das falsificações caiam a seus pés. Documentos falsos, passaportes falsos, visto de permanência falsos... Não haviam mais limites para a mão e a mente de Mix, e então o irmão o chamava para integrar sua equipe tecnica da Nascar. Foi muito mais por Rich, seu pequeno Lich, do que por amor à velocidade, mas parece que correr estava no sangue dos Olsen. Veio o fascínio ao assistir uma das corridas de Flair na Nascar... A infinidade de probabilidades que aqueles motores turbinados, o nitro, as curvas, as linhas podia trazer o encantava e assim aprendeu a pilotar, usando muito mais seu raciocinio lógico para saídas e manobras do que o instinto. Seu irmão diz que isso é o seu fraco. Mas Mix está satisfeito com a vida que leva... Não anseia em ser o melhor da pista. Mas sim o maior gênio criminoso que Los Angeles poderia ter. Ele quer acertar onde o pai errou. E não mede esforços para isso. Na Nascar outro lado de Peter tambem era aflorado. O violento. Os diretores da equipe descobriram a linha cruel e kamikase que parece rodear os Olsen e acreditaram que a violência aliada ao calculismo era perigoso para a imagem da equipe, principalmente quando ele deixou na CTI um dos pilotos da equipe adversária que mexeu com uma namorada que ele tinha no bar. Expulso da Nascar, vida nova em Los Angeles. Peter casou-se com alguém tão violenta e ciumenta quanto ele. Tampa da panela? Provavelmente. E mais uma vez o submundo chamava pelo sangue Olsen. Conheceu KJ, um mecânico de mãos cheias e abriu uma pequena oficina a beira mar. Genialidade aliada a perícia em motores, obviamente a KJ Mechanicles só poderia prosperar. A ficha estranhamente limpa de Peter lhes permitia tomar grandes somas de empréstimos bancários e assim o negócio ia de vento em popa... Os serviços prestados a máfia italiana e japonesa também lhe garantiam certas regalias. O carisma e alegria convencional talvez lhe tenham aberto a porta do La Chicas de DeeDee, mesmo contrariando a norma da casa que diz, para não levar namorados ao bar, já que Alex é uma das garçonetes do lugar. Peter tem feito algumas corridas clandestinas, não apenas participando como promovendo. Mas sua mente ainda está focada para algo maior. Ele quer efetuar o roubo que o pai fracassou, para trazer de volta o orgulho do Olsen. Peter quer roubar o Hotel Cassino Le Royale de Las Vegas.

Tuesday, May 30, 2006

Cena 2: A árvore genealógica


Samuel Olsen
Patriarca da família. Homem de temperamento frio e calculista. De um talento excepcional para mecânica mas jamais quis explorar este seu lado. Sammy como era conhecido pelas ruas, preferia a vida criminal e notívaga. No Brooklyn onde morava era conhecido pela mira excelente e pela crueldade em seus crimes. Um justiceiro? Não era assim que ele gostava de ser chamado ou encarado. Samuel entregou-se a bebida e ao cigarro, além das apostas em cassinos e foi exatamente após uma dessas mirabolantes apostas que o trapaceiro Sammy desapareceu misteriosamente. Os arquivos históricos da familia contraventora mostra que ele tinha boa relação com os garotos e tratava a jovem Kaly como uma princesinha. A garotinha do papai. Em contrapartida não foi apenas uma vez que a esposa Susan sentiu o peso da mão de seu marido em dias de inconseqüente bebedeira. Algumas pessoas insistem em afirmar que Samuel faz parte de uma queima de arquivo após um grande golpe que não teria dado certo num hotel-Cassino em Las Vegas. Outro dizem que exatamente por ter dado certo ele abandonou a familia, e curte uma nova vida em ilhas caribenhas. Há ainda os que juram que ele apenas se esconde esperando a poeira baixar para poder voltar e retomar sua familia. Não se sabe ao certo o que aconteceu. Nem se caso o velho Olsen retorne, os seus o acolherão de braços abertos.

Susan Olsen
Matriarca da Família Olsen. Susan casou-se com Samuel muito cedo, uma daquelas típicas histórias de meninas de família que se apaixonam pelo bad boy do bairro e vão contra tudo e todos para viver um amor repleto de adrenalina. Sue, como sempre foi carinhosamente chamada, sempre foi uma mulher carinhosa com seus filhos, atenciosa e misteriosamente sempre fez vistas grossas para as contravenções tanto de Samuel quanto dos filhos. Alguns arquivos contam que a paixão avassaladora de Sue por Sammy se deu numa festa de bairro da colônia Italiana onde ele vivia. Sue havia ido com amigas numa daquelas reuniões que fogem a regra e não resistiu ao ver Sammy e sua jaqueta de couro, os cabelos naturalmente desarrumados e todo o seu charme by James Dean. Sue era o lado bom de Sammy, e esse amor louco e intenso não foi vencido nem mesmo pelo vicio que o rapaz adquiriu de beber e bater. Ela dizia que não era ele quando fazia isso e se apegava em suas orações. A ajuda dos filhos com seus trabalhos ilícitos garantiram uma vida melhor para a Sra. Olsen que vivia com a caçula. Mas vizinhos da antiga residência dos Olsen no Brooklyn afirmam que Kaly havia ido embora há algum tempo antes da boa Sra. Olsen desaparecer.

Monday, May 29, 2006

Cena 1: O começo

Brooklyn - 29 de abril de 1991
A senhora Sarah Olsen cria os filhos como pode. Mesmo depois de ter sido abandonada pelo marido beberrão Samuel Olsen, Sarah se mostra uma mulher de fibra e tenta a todo custo criar com toda a dificuldade seus três filhos. Peter, o mais velho, Richard, o do meio e a jovem Kaly, a caçula. A vida dura que levavam fez os garotos descambarem por caminhos tortuosos não muito lícitos. Mas a pobre Sarah jamais desconfiou do caráter de seus filhos. Ao contrário, idolatrava os varões da família. Peter sempre tão alegre e atencioso com ela e a irmã. Um garoto inteligente, de futuro promissor no colégio - ao menos para ela - Achava até mesmo que ele cursaria uma universidade - o que acabou acontecendo - Richard severo, sério, ela atribuia isso a ausência do pai, e culpava-se por tal situação, aahh e Richard lhe lembrava tanto Samuel. Ja Kaly não era tão mimada quanto os outros irmãos, por mais que tentasse sobressair-se como faz todo caçula que se preze. Era menina.. e conseqëentemente, vista com outros olhos. Não tinha a liberdade que a Sra. Olsen dava aos filhos, era mantida como podia a rédeas curtas, afinal a rua não é para mocinha, coisa que seus irmãos faziam questão de frisar, para alegria de Sarah que percebia o quanto seus garotos de ouro se preocupavam com a irmã. E a vida seguia o rumo para os dois irmãos, que se envolviam em contravenções de níveis diferentes. O jovem Rich, garoto problema foi enviado a um reformatório depois de inúmeras brigas e furtos. Desvio de personalidade? Sarah achava que sim. E mais uma vez se culpava, não bastasse o beberrão do marido tê-la abandonado com as três crianças, seu filho adorado e do meio agora era levado embora pela justiça. Peter demosntrava um raciocinio lógico fora do normal o que lhe rendia alguns trocados em furtos de carros, de toca-fitas e similares, mas conseguia esconder da mãe sua vida pregressa. Queria poupá-la de mais um desgosto. Com o tempo passando Rich saiu do reformatório ainda mais frio do que havia entrado e com novos truques nas mangas. Desenvolvia o gosto por automóveis e definitivamente havia nascido com o dom. Velocidade. Não foi difícil ganhar o mundo a convite de uma pequena equipe da Nascar. E para Sarah nova dor. Havia perdido seu filho pela segunda vez. O que não contava era com o desespero da caçula ao ver o irmão partir. Um desespero além do normal para uma irmã, mas ninguém jamais ousou tocar no assunto. Richard deixou de dar notícias, limitava a enviar dinheiro e o que se sabia dele era arrancado de revistas e jornais, pequenas notas que demonstravam um piloto excepcional e imprudente, com sua vida e com a dos concorrentes. Peter concluía a faculdade e envolvia-se com gente de maior patente no Brooklyn. Desenvolvia o gosto por computadores, e o mundo harker caia a seus pés. Fórmulas, cálculos, física quântica, química, matemática, não havia mais barreiras para criar ou utilizar seu raciocínio rápido em outros fins. Começou a envolver-se com invasão de sistema de seguranças e retirava um dinheiro com isso... O mundo da computação gráfica trouxe a facilidade da falsificação e o mais velho Olsen se embrenhou em mais esta faceta, a Sra. Olsen achava apenas que ele era um rapaz aplicado, estudioso, a vida começava a melhorar com o dinheiro que Richard enviava, e o que Peter conseguia em seus "bicos" por assim dizer. Logo a alcunha de louco de Richard trouxe o nome que se tornava conhecido na mídia e nas ruas. Flair. E Flair sabia do desempenho psicológico de seu irmão mais velho, além da amizade que possuíam, deu um jeito de tirar Peter do Brooklyn levando-o para a Nascar. E mais uma vez, Sarah Olsen chorou, perdera seus dois filhos e lhe restava apenas a pequena Kaly que implorou para o irmão mais velho levá-la com ele para a Nascar. "Nascar não é lugar para menininhas" Foi o que ouviu de Pet, quando ele ia embora da casa. Kaly odiou, odiou não ter liberdade, odiou ser deixada pra trás e não poder mudar de vida com os irmãos. Era tarde e Peter partia também tornando-se assistente técnico das corridas de Flair. Mas o destino às vezes brinca e os ventos costumam espalhar os seus. A Nascar considerou Flair perigoso demais para as corridas e rescindiu seu contrato, Flair foi embora para Miami tentar uma nova vida, correr por conta própria, já que a corrida era a sua vida. Algum tempo depois era a vez de Mix, como ficou conhecido Peter ser mandado embora, motivo: Comportamento violento e insano. Parecia que a genialidade estava aliada a um instinto kamikase. E Peter partiu para Los Angeles. Não tiveram mais notícias da mãe e da irmã, mesmo continuando a depositar as somas do que conseguiam. E o submundo parece querer sempre de volta seus filhos. Flair envolveu-se com a máfia local, montou um grupo de corredores de corridas clandestinas, os Ridders, e lideravam os principais roubos de carro da cidade americana. Peter tinha seus talentos solicitados pela máfia italiana e japonesa de Los Angeles e foi lá que conheceu a intempestiva Alex, com quem casou-se. Conheceu também KJ, um mecânico de mãos cheias com quem Mix montou uma parceria rentosa e abriram a KJ Mechanicles, uma oficina a beira mar. Dizem que o amor de Peter e Alex se deu após uma briga homérica. A fama do casal corre Los Angeles, já que vivem aos socos e pontapés, e saem de mãos dadas no dia seguinte. Amor e violência parece caminhar lado a lado ao ciúme doentio que possuem um do outro. Alex era agregada a família Olsen, e seu temperamento era compreendido pela vida que havia levado, criada pelo pai, em meio aos moleques da rua, aprendeu com a violência a única forma de expressão de idéias válidas. De mostrar o que quer e fazer ser aceito. Isso foi acentuado com a chegada de mais um membro Olsen. Chuck Olsen como ela chama carinhosamente seu "brinquedo assassino" o bastão de baseball que leva consigo em sua pick up. Alex, ou Hell, como é chamada nas ruas, trabalha no La Chicas um bar de coyotes conhecido em LA e junto com Mix, adentrava no mundo das corridas clandestinas, sendo correto afirmar que Hell participava muito mais para destruir os adversários que para ganhar deles. A jovem Kaly permanecia sem dar notícias aos irmãos, mas o que a rua dizia era que ela andava alimentando o mesmo gosto por velocidades que o irmão do meio, só que em duas rodas. E assim, Kaly encontrou o irmão em Miami e a paixão recolhida e pecatória vinha a tona, ao menos por parte da garota, que fazia de Flair seu objeto de desejo. Miami jamais viveu dias de tamanha confusão e emoções fortes quando tinha Flair e Fox, pois assim ficara conhecida a caçula dos Olsen nas ruas. Perseguições policiais, ondas de furtos, manobras ensandecidas faziam parte da rotina dos irmãos. Mas o destino e seus ventos novamente espalhava os Olsen e o tempo passava. Mas o destino gosta de brincadeiras e os ventos seguem a risca seu humor. Los Angeles, 28 de maio de 2006, Cidade dos Anjos... Morada de Peter e Alex Olsen, numa confortável casa de praia a beira mar, e a cidade parecia agora acolher o segundo Olsen, que vinha de Miami atrás de novo espaço para fama e dinheiro, das ruas obviamente. Restava apenas a jovem Kaly e pelo cheiro da insanidade Olsen intensificando-se, quem garantia aos livros de história que ela também não aportaria sobre duas rodas por lá?